Um estudo sobre eficiência energética em habitações particulares revelou recentemente que os consumidores gastam, em média, cerca de 112 euros por mês em energia e água. A electricidade detém um peso maior na despesa das famílias mas é aqui que se centram os maiores esforços de poupança.
O estudo, já no âmbito da Campanha de Sensibilização e de Promoção da Eficiência Energética na Habitação que a ADENE – Agência para a Energia realizará, demonstrou ainda que duas em cada três famílias está atenta às suas facturas.
“Os electrodomésticos e a iluminação são, na opinião das famílias inquiridas os grandes ‘responsáveis’ pelos custos reflectidos na factura energética. São equipamentos essenciais, de utilização permanente, dos quais não se pode abdicar. No que respeita à climatização, o aquecimento ambiente decorre de uma prática sazonal, relacionada também com as características da casa/zona. Por sua vez, o arrefecimento é considerado um ‘luxo’ pelo seu elevado gasto energético”, refere a ADENE em comunicado.
Apesar das demonstrações de preocupação, na prática, a concretização de medidas de poupança de energia é ainda reduzida. 57% dos inquiridos têm como principal motivação a redução de custos e 24% mostra-se consciente do efeito negativo de um consumo ineficiente da energia sobre o ambiente. 19% dos inquiridos revelam preocupar-se com soluções de eficiência energética na habitação e com a sua implementação. No entanto, o elevado investimento inicial desencoraja e releva a poupança, o conforto das habitações e até os benefícios para a saúde para segundo plano.
A utilização de lâmpadas LED é uma das medidas de poupança mais implementadas (68%), seguida da compra de electrodomésticos mais eficientes (43%); 28% dos inquiridos optou pela substituição de equipamentos eficientes de produção de água quente e 20% deles fez alterações ao nível das janelas.
As energias renováveis e a produção de energia em casa são opção de apenas 3% dos inquiridos.
O estudo foi levado a cabo pela Consulmark e o inquérito realizado junto de indivíduos de ambos os sexos, residentes em Portugal Continental, com idades compreendidas entre 18 e os 65 anos, responsáveis pelas decisões relacionadas com a habitação.